Há quem prefira porcos
Para meu pai, no dia de seu aniversário
Existi no momento em que o homem descobriu que poderia matar o outro com uma pedrada na cabeça. Por uma nova manha, me fiz. Desde aquele momento, desconfiei que minha mão contorcida ainda seria colocada em um vidro com formol. Os dedos fechando punho. As unhas bem aparadas. As linhas na palma traçando railways. Tatuei nas costas das mãos localização de ossos: como se entalhasse casca de ferida e souvenir de falanges. Nem minha aliança haveria de ser retirada. Nenhum desses atos foi punitivo. No meio tempo, destravei minhas desesperanças na repetição de algumas palavras sussuradas em orelhas alheias. Atente agora, pois sopro para o bispo Binsfeld uma codificação histórica de trava-cóccix: CGAOLEP. Lucifer gobernaba el orgullo; Mammon, la avaricia y Asmodeo, la lujuria. Satán dominaba la ira, mientras que Belcebú, Leviatán e Belfegor reinaban sobre la gula, la envidia e la pereza. Nos afrescos tormentosos, aprecio a incapacidade de me reconhecer. Apagar vestígios, confundir rastros: eu trabalho enquanto os outros dormem.
4 Comments:
Eu to aqui imaginando sua inspiração para escrever esse conto...
(se a vertigo descobrir esse blog te contratam no ato!)
By Anônimo, at 22:26
continuo fechando com o Capeta!
By Anônimo, at 08:40
é, tem gente que prefere mesmo trabalhar no silêncio
¬¬
By Anônimo, at 23:53
Estou chegando agora e nada ví sobre Astharot, meu dileto tesoureiro; pois que sem "plata" não há o que fazer.
By Anônimo, at 20:36
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